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Então é Natal...

Eu poderia odiar o Natal. Sabe, ser uma dessas pessoas que praguejam contra o apelo capitalista da data, a quantidade desnecessária de uvas passas ou o copo vermelho da Starbucks. Eu poderia simplesmente ser uma pessoa mais Ano Novo. Show da virada. Praia grande. Roupa branca e rasteirinha.

Para ajudar, não sou cristã, minha família se odeia demais para conviver em harmonia por uma noite, guardo péssimas lembranças de amigos secretos (incluindo a bola de vôlei furada que ganhei na 4a. série), acho nozes sem graça e tenho pânico de shopping lotado. Mais que motivos suficientes para incorporar o Grinch, certo?

Só que eu não odeio a data. Pelo contrário, sou quase a Izzie Stevens louca do Natal. Não sei bem se é a ideia de compartilhar lembranças - onde estávamos no Natal de 2016? -, a magia das luzes/músicas/cidade decorada, ou mesmo o espírito natalino, que faz com que as pessoas falsamente ou não transpareçam mais bondade nessa época. No fim, compro a ideia e acabo acreditando piamente que todo 25 de Dezembro vai ser incrível.

ms. otimismo, prazer
O espírito do Natal tomou conta aqui em casa já no mês passado, quando acompanhamos a transformação da Disney num grande parque papai noel-ístico. Tendo casado com um ser humano que consegue se empolgar com a data ainda mais do que eu, já foram algumas várias fotos de pinheiros decorados, somados a carols cantados à exaustão. Fizemos até uma lista de filmes para maratonar até o dia 25 e, até agora, já cumprimos ElfChristmas with the KranksHome Alone 2National Lampoon's Christmas Vacations, Miracle in the 24th StreetThe Santa Clause e The Family Man (favorito ♥ ).

acordamos e essa belezinha estava montada no lobby do disney's grand californian hotel
Como estaremos na Flórida com os sogros (so much for my white xmas, fuén), a decoração aqui de casa foi tímida, mas com dignidade. Mesmo quando eu passava meus Natais sozinha (mãe na escala de plantão: uma realidade natalina), sempre tratei de manter o clima da data. Seja um pisca pisca na janela, uma rabanada feita na calada da noite, um Nightmare Before Christmas no SBT antes de dormir. Eu gosto de tradições. Elas importam exatamente porque fazem com que a gente se sinta parte de algo maior. Como se toda a humanidade estivesse também, naquele momento, celebrando a esperança, a generosidade e a união (ms. otimismo, não disse?).



cookies natalinos (abóbora com gotas de chocolate) - receita aqui
No mais, estou com um certo bloqueio criativo e vocês podem me flagrar apelando para alguma tag/blogagem coletiva/projeto fotográfico nos próximos dias. Se eu não aparecer até lá, já fica aqui meu desejo de Feliz Natal para todos :*

Black Friday wishlist

É fato que a gente passa por várias mudanças bruscas irreversíveis durante toda a vida. Algumas universalmente reconhecidas; puberdade, passar na faculdade, pagar a primeira conta, etc, e outras que dizem respeito apenas a nós mesmos.

Assim como todo mundo que já passou ao menos da pré adolescência, também sofri alguns desses wake up calls da vida, sendo um dos maiores quando descobri que estava doente lá pelo finalzinho de 2013.

Porque não foi só o meu corpo que, de nunca-pego-nem-gripe, passou a precisar de visitas intermináveis a hospitais, tratamentos, exames incômodos e remédios hardcore. Também não foi só o namoro que acabou, com o ex fugindo para as colinas por não estar pronto para lidar com ~gente doente~. Todo o resto em mim mudou. A forma como eu via as pessoas ao meu redor, como eu buscava meus objetivos, como eu definia minhas prioridades, e até pequenices, como meu jeito de usar a internet e a decoração do meu quarto.

Lembro que foi bem nessa época que eu assisti a essa palestra no TED, e comecei a pesquisar um pouco mais sobre Minimalismo e outras "técnicas para se viver melhor" (nome meio piegas-auto-ajuda, eu sei). É nessa minha pastinha mental que eu misturo os low poos, a hortinha caseira, o espiritismo, o pensar duas vezes antes de escrever qualquer coisa, em qualquer lugar.


Em relação ao consumismo, confesso que nunca fui de gastar o que eu não tinha (minha mão de vaquice é mais forte que eu), mas eu fazia questão de ter um guarda roupas sempre abarrotado, incontáveis produtos de maquiagem os quais eu não usava nem a metade, além de sentir uma necessidade vital de sempre comprar alguma peça da coleção nova do Fulano by C&A (eu era consumista, não rica). Essa questão das roupas se tornou um vício incontrolável, a ponto de eu me sentir incompleta e depressiva quando não dava tempo de comprar algo novo na semana.

Mas, claro, tudo isso passou quando eu fiquei doente, porque né. Eu tinha coisas mais importantes para me preocupar. De repente estar bem e cuidar da saúde era mais crucial que comprar aquela bolsa nova que ~toda blogueira está usando~. É pesado dizer isso, mas hoje em dia eu tenho a completa noção de como essa época me salvou da pessoa ridícula e mesquinha que eu estava me tornando.

Não que eu tenha me tornado um ser iluminado (apesar de ter me casado com um). Bem longe disso. Não me considero sequer minimalista, só uma simpatizante da filosofia. Sequer sigo fórmulas prontas pela internet (ex. capsule wardrobe), pois tenho pouquíssima disciplina com regras; vou comprando conforme tenho necessidade mesmo, respeitando minha própria mudança gradual.

O resultado é que praticamente não gastei com roupa esse ano. Aliás, passei boa parte de 2016 vivendo com menos de 15 peças no armário, pois o resto do meu guarda roupas só veio do Brasil mês passado. E, juro, não senti falta alguma de variar no look do dia.

Amanhã é a Black Friday e o marido insistiu para eu fazer uma lista de última hora. Anotei um pijama de frio, um casaco de neve e algumas meias. Ele reclamou, disse que os preços estão ótimos e eu deveria aproveitar. Mas eu simplesmente não sinto necessidade de mais nada.

What you don't have, you don't need it now.

Here comes the sun

Eu nunca sonhei em me casar. Espera, deixa eu consertar isso. Eu sempre quis um casamento; chegar em casa e ter alguém para contar meu dia, cozinhar, viajar, planejar as economias, ver todas as séries e envelhecer juntos. Mais ou menos igual ao comecinho de Up, sabem? O que eu nunca quis mesmo era uma festa de casamento.

Só que o casamento, como eu venho aprendendo a cada dia, é uma equação de duas variáveis. E o y dessa equação não estava tão contente assim com uma celebração fast food.
Concordei com a cerimônia (fake, porque já estávamos casados). Concordei com uma recepção. Concordei em chamar a família de outros estados (e outro país). Quando eu me dei conta, já estava envolta em uma bola de neve, na qual eu precisava tomar decisões importantíssimas como escolher entre 5 tipos diferentes de centros de mesa, ou entre 10 cores de toalhas.

Me estressei? Muito. Valeu a pena? Valeu. Depois que passa a entrada ao altar (ao som de Here Comes the Sun, fiz questão), e você se dá conta de que não levou um tombo - de salto 15, na grama -, tudo fica bem mais leve. O máximo de leveza que passar o restante das 4 horas com um vestido de 4 kg permite, claro.

O que aconteceu aqui?

Uma das coisas que mais me apavoram nesse mundo blogueiro sempre foi a falta de privacidade. De 14 anos nessa vidinha, calculo pelo menos metade deles em sistemas fechados (saudades, livejournal), ou com posts completamente desatualizados, graças a um medão in?-justificado de me expor. Claro, existe ainda todo um histórico de bloqueio criativo, semestres puxados na faculdade e saco cheio de internet, mas só eu sei o quanto minha timidez virtual tem sua parcela de culpa nesses hiatus.

Eu nunca fui de divulgar o blog pessoal para colegas de trabalho ou "conhecidos", inclusive sempre tomei o devido cuidado de evitar que algumas dessas pessoas chegassem até ele. Veja bem, acho lindo quem compartilha tudo nas redes sociais - se for canal do youtube então, nível de desprendimento ultra mega master que jamais vou alcançar nessa vida -, mas eu nunca me sentiria confortável sabendo que o mocinho do rh, ou a tia do ex-namorado, leram exatamente o que eu penso sobre as doutrinas sociais duvidosas que eles insistem em defender.

Na verdade, acho que estou sendo até superficial; essa questão vai muito além de convívio profissional barra liberdade de expressão. É, principalmente, poder impor limites no quanto os tais acquaintances sabem sobre você, e no quanto isso pode afetar suas relações sociais obrigatórias. Uma coisa são seus amigos, virtuais ou não, pessoas que você associou à sua vida por livre e espontânea vontade, lendo e dividindo experiências sobre vida amorosa e crises existenciais. Outra, bem diferente, são as pessoas que a vida impôs a você.


Bom, agora que você já está inteirado sobre meu leve pânico associado a privacidade & blogs pessoais, posso te contar exatamente o que aconteceu em uma tarde de terça-feira. Para resumir, aquela outra rede social fez o favorzão de mandar convite para curtir a página do blog assim, para todo mundo, sem filtros e sem minha permissão. Tá, não foi bem desse jeito, desconfio que tenha acontecido em um daqueles meus momentos super pacientes, de sair clicando OK para tudo quanto é aviso, mas ainda assim, por razões óbvias, não era minha intenção.

Depois de passar pelos 5 estágios do luto (isso porque estou suavizando o drama aqui), percebi que já estava mesmo descontente com a proposta do blog há algum tempo. Preferi fechar tudo e recomeçar, dessa vez usando meu antigo domínio, e voltando a ser o diarinho que me trouxe a esse mundo blogueiro em primeiro lugar. Mantive alguns dos posts impessoais, trouxe textos do antigo blogspot, dei um tapa no layout, e, em uma corajosa empreitada para vencer minha vergonhinha virtual, escrevi até uma dessas páginas Sobre mim.

Ainda quero falar sobre viagens, literatura, culinária e fazer resenhas, porém usando menos uma ótica impessoal, e mais minha própria perspectiva. Blogs de dicas são legais e tudo, mas minha paciência acaba quando a adaptação SEO friendly começa. Em tempo, não fiz uma página na outra rede social para esse blog. Acho melhor assim.

Insconstância bloguística

Você já jogou The Sims? Se já, pode ter acontecido alguma vez de fazer exatamente o que eu sempre faço: depois de horas construindo paredes, escolhendo piso, testando com precisão qual a melhor esquina para colocar o chuveiro ou o sofá, naquele momento de, enfim, apertar o play e jogar, você se sentir saturado, sem vontade, pensando nas horas que perdeu e na pilha de trabalhos por fazer. E desligar, sem nem de fato começar o jogo.

Não é bem uma questão de não concluir projetos, mas de gastar tanta energia com o planejamento que, quando chega a hora de colocar em prática, aquilo já não faz mais sentido. Essa não é a primeira vez que eu começo um segundo blog, e, logo depois de perder semanas (re)aprendendo a mexer no Photoshop e no Wordpress, simplesmente enjoo. Eu não sei bem se meu problema é a obrigação que crio com o blog, ou é se minha fobia com a falta de privacidade falando mais alto.

Eu sempre senti que o Blogger significava um lugar seguro para escoar pensamentos, sem pressões. O "meu querido diário" num universo onde escrita importa mais que apresentação. Assim, quando eu decidi me aventurar lá fora, pelas águas de hospedagem e layout responsivo, acabei me sentindo afogada numa série de obrigações bestas que eu mesma me impus. Todo um mar de divulgação, fotografias especialmente produzidas e textos SEO friendly para os quais eu não tinha muita paciência.

De longe, a divulgação é o que mais me aterrorizou. Veja bem, eu acho lindo quem tem um blog todo aberto, compartilhado no facebook, com comentários da vizinha, do chefe, das colegas do trabalho, mas eu não consigo ser assim. Sinto um certo pânico de pensar em gente "conhecida"- aquele pessoal que você só trocou um sorrisinho educado na sala do café (mas que, claro, já saiu te adicionando no facebook) -, lendo tudo que eu escrevo, julgando minhas fotos, entrando sem qualquer rodeio ou permissão na minha vida pessoal.

Ter blog é uma coisa intimamente ligada a internet para mim. Desde quando ganhei um computador, meus primeiros sites na lista de favoritos foram blogs. Foi uma amiga de blog que viu primeiro meu nome na lista dos aprovados da fuvest, por causa de um blog conheci meu primeiro namorado e, graças aos blogs, me apaixonei por programação, muito antes da primeira aula de java na faculdade.
Dito isso, apesar de não conseguir ficar sem, também não estou pronta para dar o próximo passo. Tudo bem, fotografar e planejar um post pode ser divertido, se eu tomar o devido cuidado de não transformar isso em uma obrigação. Agora, compartilhar link nas redes sociais, com o facebook "sugerindo" a página para toda a minha lista de acquaintances? Chego a suar frio.

Meu lugar vai continuar aqui. Pelo menos por enquanto.

Resenha: Samsung S7

Quando comprei o IPhone 5c, a minha intenção era passar, no mínimo, uns 5 anos com ele. Não sou de trocar celular com frequência e tinha acabado de aposentar meu Samsung S3 de guerra, quando ele apagou completamente, depois de passar pelo menos um ano com a tela soltando pedacinhos.

Por esse trauma com a tela quebrada, minha escolha pela Apple foi pura e simplesmente baseada na resistência. E deu certo; o Iphone 5c voou, capotou, despencou - de variadas alturas, em diferentes superfícies -, e continua quase intacto.

iphone 5c: um dos poucos arranhões, depois de mais de 1 ano sem capinha (foto tirada com o s7)
Acontece que o meu 5c é brasileiro de corpo, alma e Anatel, e parece não suportar o clima da nova casa. Toda vez que eu saía na neve, a bateria descarregava em questão de minutos. Tudo bem, pensei em comprar uma bateria genérica no ebay e trocar eu mesma, com ajuda daqueles tutoriais super profissionais do Youtube, que usam um secador de cabelo (?) para abrir a tampa.

Foi aí que, um belo dia, dando uma voltinha na Best Buy, reparei nos novos Samsung. Ok, boa fluidez, ok, temas personalizáveis, ok... que câmera! Ali na loja mesmo bati uma macro de dar inveja ao meu IPhonezinho. Já tinha brincado mil vezes com os novos celulares na loja da Apple e nenhum tinha me impressionado a ponto de desistir da ideia de apenas trocar a bateria do meu. Pronto, fiquei com aquele Samsung na cabeça.

Eu já vinha pensando em comprar uma câmera melhorzinha há algum tempo, mas me incomodava muito a ideia de viajar por aí carregando um peso, quando sou aquela pessoa que já tem gastura só de sair de casa com um casaquinho a tiracolo. Veja bem, como usuária casual, achei que seria muito esforço só para tirar umas fotinhos de vez em quando.

No fim, acabei ganhando o S7 no Dia dos Namorados. Estou adorando e ainda tentando entender como aguentei tanto tempo sem memória expansível, sem explorador de arquivos, sem ícones personalizáveis, cheio de complicações na hora de colocar vídeos e músicas, e com toda aquela poluição de aplicativos na Home.

apaixonada por esse tema "Sunday Morning" - gatinho olhando pela janela e ícones brancos com corações
Sobre as quedas, tive de colocar uma proteção na tela e prometer a mim mesma jamais tirar a capinha, já que dá para sentir o material-vagabundo a fragilidade do aparelho. Também não acho ele muito bonito comparado aos Iphones (perfeito aquele ouro rosé ♥ ♥ ♥), mas, além do preto ser discreto, pelo menos a versão não-edge é compacta e fácil de manusear.

Não testei mergulhá-lo na água (nem vou, que desespero), e também não gostei da recarga rápida (o celular chega a ferver!), mas já tirei algumas fotos para teste, baixei meus aplicativos e constatei que perdi todos os meus mementos do Neko Atsume T_T. Também ainda não recebi o Gear VR que vem de graça ao comprar o celular (segundo a Samsung, pode demorar até 6 semanas), para dizer se é ou não um atrativo da marca.
Na verdade, o que eu mais quero é esse dure ao menos minha meta de 5 anos, chega a ser ofensivo um objeto tão caro ser tão descartável.

foto tirada com o carro em movimento - museu de ciências, dallas
landscape - draper, utah
selfie (câmera frontal)
macro
urban landscape - dallas, texas
baixa luminosidade
Deixei todas as fotos do post sem filtros (também não utilizei nenhum aplicativo para brilho, contraste, nitidez, etc), para mostrar exatamente a qualidade das fotos do aparelho (e seus pontos fracos). Todas foram tiradas no modo automático, lembrando que a câmera possui também modo profissional - outra coisa que sentia muita falta no Iphone.
Aproveitei o novo incentivo fotográfico para dar uma organizada no feed do instagram. Se quiser ver mais exemplos de fotos com o s7, segue lá: @kari_pss.

Heritage Park, Utah

Esses dias eu estava me sentindo assim; uma estranha no ninho. Dá uma certa ansiedade quando eu penso em tudo que eu sei sobre minha cidade natal, os anos de transformações que acompanhei, como consigo identificar cada pedacinho, cultura, história, e aqui eu ainda não conheço quase nada.

Foi daí que surgiu a ideia de conhecer um pouco da parte histórica de Utah, mais precisamente o Parque Heritage. Foi nessa locação que, em 1847, Brigham Young, liderando um grupo de mórmons, avistou pela primeira vez o vale (onde hoje fica a capital), dizendo: "Esse é o lugar!" (This is the place, como também é conhecido o parque). Há muito os praticantes dessa religião fugiam de perseguições ao longo dos EUA e  procuravam essa terra, que acreditam ser prometida por Deus.


O parque conta a história da época, com monumentos dedicados aos pioneiros, famílias e soldados que começaram o que hoje é a cidade de Salt Lake. É possível visitar um vilarejo preservado, e conhecer mais sobre as construções e cotidiano dos moradores nos anos de assentamento (guias com roupas da época encenam as atividades, interagem com os turistas e ensinam a história).





ferreiro: imagem retirada do site oficial




O parque é imenso e é bem fácil perder mais de 3 horas fotografando e lendo os memoriais. Eles possuem muitas atividades para crianças, incluindo aprender as tarefas dos aldeões (fico imaginando essas crianças de hoje saindo do tablet para arar a terra...), e uma parte reservada para eventos (no dia que fomos, estavam celebrando  um casamento lindíssimo). Tenho uma lista inteira de lugares históricos para conhecer em Utah, mas esse passeio valeu a pena para entender como tudo começou. Quero muito voltar para comer os donuts e a root beer com sabor de leite (oi?) que dizem ser maravilhosos, mas esqueci de experimentar no dia :/.

Sim, eu ainda me vejo como a estranha no ninho alguns dias, já em outros tenho certeza que não existe lugar que combine mais comigo que aqui. É óbvio que uma parte de mim nunca vai deixar de ser paulista da gema, mas, quanto mais eu aprendo sobre esse lugar, mais me sinto parte dele também. *as imagens do post são de minha autoria, exceto quando indicada outra fonte.

Park City, Utah

fonte: Hikes and Lakes
Se eu pudesse dar uma dica de um único lugar para visitar em Utah, certamente seria Park City.
Essa cidadezinha fica localizada a aproximadamente 48 km da capital, Salt Lake e foi eleita a melhor cidade dos EUA em 2013. Ela é conhecida por suas estações de esqui, por sediar as Olimpíadas de Inverno em 2002, e por apresentar anualmente o Sundance Film Festival, o maior festival de cinema independente dos EUA.

Mas prepare-se para o frio, pois a temperatura chega a -18°C no inverno, e aproximadamente 11°C a menos que Salt Lake no verão. A principal atividade é o turismo, e é considerada uma cidade bem (!) cara para se morar.

fonte: America`s Best Ski Towns
Na nossa última viagem para lá ficamos hospedados no hotel Park City. Eu não costumo ser muito fã de hotéis, já que tenho o sono muito leve e o abrir portas/hóspedes circulando na madrugada/arrumadeira/etc, me acorda facilmente. Mas, como ficamos nos chalés, ou seja, mais afastado e muito mais silencioso, eu recomendaria sem pensar duas vezes. Vista incrível, quartos com dois ambientes (cozinha e lavanderia próprios), além de lareiras e varanda com jacuzzi.

vista do chalé
Piscina do hotel - aquecida, claro :X
A cidade é cercada por montanhas, com muitaaa neve, até mesmo na primavera. As principais atividades de inverno são os resorts de esqui snowmobile. Existem vários resorts para escolher, diferentes paisagens e dificuldades. No nosso caso, escolhemos o Thousand Peaks, uma trilha gigantesca para snowmobile, com 4 horas de duração.
No preço do passeio estão incluídos macacão, botas e capacete, caso sua roupa não proteja do frio intenso (ou você não queira usá-las, já que o cheiro da gasolina que fica é horrível!). Um instrutor leva o grupo pelas montanhas, até uma grande área aberta, com diferentes inclinações. Na metade do caminho tem um descanso, com lareira e lanches. Nessa hora, o frio e a neve são tão absurdos que bate até um leve desespero na hora de sair da cabana e voltar para o snowmobile :(.

cosplay de Breaking Bad
Se for sua primeira vez, eu aconselho o pacote com poucas horas, já que, acredite, cansa MUITO. Eu não quis fazer o esqui porque estava com um pouco de dor nas costas e achei que o snowmobile seria tranquilo... Não foi. Não parece, mas o peso e a quantidade de força para pilotar, além de tentar se manter equilibrada, fazem do snowmobile um exercício super pesado. Ou seja, prepare-se para o corpo dolorido no dia seguinte!

fonte: Park City Magazine
Mesmo que vc visite a cidade em uma estação mais quente, quando os preços ficam mais em conta, existem várias atividades de lazer, como tirolesa, teleférico, passeios de balão, trilhas, golf, mountain bike e, os meus favoritos, alpine coaster e alpine slide. O alpine coaster é uma espécie de montanha russa na qual você mesmo controla seu carrinho:



E o alpine slide é mais parecido com um carrinho de rolimã (/anos 80), que você carrega até o topo da montanha por um teleférico e depois usa para descer um trilho:


Além das atividades de lazer, a rua principal da cidades é um centro histórico, com vários restaurantes e bares, além de galerias de arte e um museu dedicado a mineração, que foi a responsável por levar muitos exploradores para a cidade no século XIX.

fonte: Jensen and Company
Como as fachadas preservam esse clima histórico, não é difícil se sentir transportado para outra época enquanto passeia pelo comércio. As lojinhas não vendem apenas as típicas souvenires para turistas, mas uma variedade interessante de itens; obras de arte, roupas de marcas famosas, jóias, livros, bebidas, e até uma loja dedicada a brinquedos e doces vintage.

fonte: Flickr
A cidade é bem romântica e vale a pena para aqueles que estão procurando uma lua-de-mel diferente e inesquecível. Vale também para quem quer uma viagem entre amigos, com atividades esportivas e belas paisagens. Ou até mesmo só para passar um final de semana de frio com estilo :)

Ingredientes: Brasil x Estados Unidos

Confesso que cozinhar nunca foi meu forte, mas, como mudar de país também significa independência da comida da mamãe, ultimamente estou sendo forçada a aprender uma ou outra coisa na cozinha.


É muito fácil manter o cardápio brasileiro mais simples por aqui. Em qualquer mercado encontramos arroz (long-grain rice) e feijão (no pacote cru, ou em lata pré-cozido). Os cortes de carnes costumam ser mais grossos, mas o filé de frango, peixes e carne moída são iguais. O problema mesmo é quando queremos seguir alguma receita brasileira mais elaborada.

Se você mora em uma cidade grande, com uma boa presença de estrangeiros (Miami, Boston, Nova Jersey, etc), a chance de encontrar um mercado com opções de ingredientes brasileiros é grande (em NJ existe até um mercado só assim). Agora... Se você estiver em cidades menores, como a que eu moro, provavelmente vai acabar tendo de fazer algumas adaptações.


Farinha de Trigo

Quando a receita no Brasil pede essa farinha, normalmente usamos a All-Purpose Flour aqui. Normalmente, porque se você for fazer um bolo, existe a opção de usar a "Cake Flour" também. A nossa farinha de trigo contém 12% de proteína e a All Purpose Flour contém de 10 a 13%. Já a Cake Flour contém de 8 a 9% e o bolo acaba saindo mais fofinho, porém, caso você opte por usá-la, terá de fazer uma adaptação na medida da receita; 1 xícara de farinha será 1 xícara + 2 colheres de sopa de Cake Flour.


Creme de Leite

Esses dias eu quis fazer um quiche que a Tamara ensinou no blog dela, e não sabia bem qual seria o creme de leite. Aqui temos half half, table cream, heavy cream, sour cream, socorro! Depois de uma pesquisa na internet, descobri que o ideal seria o Table Cream, ou Media Crema, como vem escrito na latinha da Nestlé, que contém entre 18 e 30% de gordura. Nosso creme de leite de caixinha no Brasil tem entre 17% e 20% e o de lata contém aproxidamente 25% de gordura. Vi muita gente aconselhando a usar o "Heavy Cream" no lugar do creme de leite também, mas tenha em mente que esse contém entre 36% e 40% de gordura.



Fermento

Aqui se usa o Baking Powder, que é o bicarbonato de sódio com amido e ácido em pó. No entanto, se a receita estiver pedindo bicarbonato de sódio ao invés do fermento, você deve comprar o "Baking Soda". Agora, se o que vc precisar for o fermento biológico, o equivalente aqui será o "Yeast", que é a levedura seca, em formato de pó.


Polenta

A farinha usada para fazer polenta recebe o nome de Coarse Cornmeal (às vezes também é encontrada como "Coarse Polenta"). Ele é um tipo da Cornmeal, ou farinha de milho, que também pode ser encontrada fina, grossa, branca ou amarela. A Yellow Cornmeal não é indicada para o preparo da polenta, pois é uma farinha bem mais fininha e a polenta sairá mais pastosa.


Maizena

O amido de milho tem o nome de Cornstarch, e também pode ser encontrado como Cornflour.


Biscoito Champagne

Usado em várias receitas de doces gostosos no Brasil, o biscoito champagne aqui é conhecido como Lady Fingers Cookie. Não é muito fácil de achar e, até agora, eu só encontrei uma única vez, em outra cidade.



Alguns alimentos eu já procurei em todos os mercados da região e nada; requeijão (cream cheese não fica igual), gelatina incolor, farinha de rosca e farinha de milho biju (cuscuz paulista com yellow cornmeal saiu absurdamente errado).
Uma saída, caso você precise de algum ingrediente brasileiro difícil, por incrível que pareça, é a Amazon. O problema é que um saquinho de farinha de milho biju sai pela bagatela de U$8, e quatro potinhos de requeijão por U$32, ou seja, você tem que precisar MUITO mesmo :(.


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Las Vegas, baby!


Mês passado, resolvemos, de impulso, pegar o carro e passar o final de semana em Las Vegas.

Utah é relativamente perto, gastamos um total de 6 horas até lá, e essa região montanhosa faz com que o tempo na estrada seja menos cansativo. Você sabe que está chegando em Vegas uma meia hora antes, já que a cidade é absurdamente iluminada e algumas construções são possíveis de se ver bem ao longe.

trânsito ♥
Fiquei admirada com o trânsito (quase inexistente em Utah) e a quantidade de pessoas andando na rua. Acho que até por isso, Vegas se tornou minha cidade favorita nos Estados Unidos até agora. Sabem como é, espírito paulistano que PRECISA ver um pouco de caos e movimento de vez em quando :). Para lembrar ainda mais minha cidade natal, levamos quase 40 minutos para conseguir estacionar o carro. Os estacionamentos dos hotéis/cassinos são disputados entre hóspedes e visitantes, ou seja, como chegamos à noite, estava completamente lotado. Acabamos tendo de estacionar na parte descoberta e eu me senti super insegura, não via a hora de amanhecer e tirar o carro dali :(.

Bellagio, The Strip e Paris Las Vegas
The Venetian
Na manhã seguinte fomos andar pela Las Vegas blvd, ou "The Strip", a rua principal onde ficam a maioria das atrações e cassinos. Visitamos várias lojinhas e entramos para ver boa parte dos cassinos. Alguns eu achei sem-graça, tipo o Paris Las Vegas (por dentro, só tem uma minúscula ambientação de Paris, bem bobinha), e outros eu fiquei apaixonada, como o The Venitian, com as gôndolas, lojas e o céu falso que dá um climinha de fim de tarde.

High Roller
Compramos ingressos para a High Roller, uma roda gigante construída em 2014, de onde você pode ver boa parte da cidade (o que não fica escondido pelos prédios altos) e tirar fotos. Nada de muito impressionante, mas vale a pena uma vez na vida.

Snow Crab legs  <3

Almoçamos no The Buffet Bellagio e foi uma das melhores partes da viagem! Bom, eu AMO comida e só de ter carangueijo, camarão, peixes, massas, carnes, doces, doces e mais doces a vontade, já fez o meu dia (e voltamos rolando para o hotel).
À noite assistimos o Cirque Du Soleil: Kà e foi maravilhoso. Eu não sou muito de "espetáculos", ainda mais circenses, mas acabei me empolgando com a história, os cenários e efeitos. Super recomendo.

Grissom ♥
No dia seguinte, incorporamos o Gil Grisson e brincamos de desvendar o crime na CSI: The Experience. Eu sou muito suspeita para falar, já que cientista forense é a profissão favorita, mas mesmo o noivo acabou se divertindo (e solucionando o crime!). Jogamos pouquíssimo nas máquinas, mas, dos $4 que colocamos, ganhamos $11, Yay!

Senti falta das penny slots, as máquinas que você pode jogar com moedas, tipo a Phoebe em Friends, rs. A maioria dos cassinos hoje em dia só aceita tickets e recargas apenas acima de $1. É uma pena, porque, mesmo que a jogada custe centavos, você vai ter de colocar $1 e não vai ter muito o que fazer com as moedinhas que a máquina pagar.

Sobre o carro, quando voltamos no dia seguinte, ele estava com os vidros abertos. Ainda não sabemos se foi a gente que deixou, se abriu sozinho, se alguém abriu, mas o fato é que todos os nossos pertences (incluindo tacos de golfe, gift cards, roupas, etc) estavam lá, intactos! Até hoje ainda debatemos o que será que aconteceu, mas esse mistério ficou em Vegas.

Do meu Carnaval

Abram alas, Fevereiro chegou. Semana de Carnaval, muita folia, muito bloquinho, muito confete, muito neguinho da beija flor, mas só que não.

Aqui, na Terra do Tio Sam, também foi final de semana de festa, mas com um motivo diferente, o tal Super Bowl. Tudo bem, não tem gente semi nua na tv (às vezes tem, mas não é encarado com a mesma naturalidade), não tem samba no pé (poxa, se isso não for muito gingado, o que seria então?) e não tem feriado (não que não esteja sendo pleiteado), mas tem sim muita gente colorida na rua, muita farra, cerveja, romance, e after parties.

bloquinho laranja e azul. fonte.
Foi minha primeira festa-de-futebol-americano, e, posso dizer com segurança; por aqui, eles têm Copa do Mundo uma vez ao ano. Incrível como o domingo se transformou; o trânsito tinha cara de segunda-feira e era como se a cidade inteira estivesse concentrada na fila do supermercado. Ao passar umas tortillas e jalapeños, a caixa já foi logo engatando um small talk - "Preparando para o Super Bowl? :)" -, estavam todos na mesma expectativa.

Eu comecei a temporada sacando nadinha desse futebol, que, já fui logo reclamando, não se joga bem com o foot. Foram muitos videos de regras básicas no youtube, muitos gritos de comemoração para o time errado, muitos "mas por que eles não tentam avançar mais uma vez ao invés de chutar?". Até que peguei gosto. Escolhi os Denver Broncos, porque, além de ser um dos primeiros times que vi jogar, achei esse tal de Peyton Manning engraçadinho nos comerciais. Pareceu bom moço, sabe?

Então os jogos foram acontecendo, eu peguei raivinha de alguns times (ver os Patriots jogar é como assistir a um videobook de Tom Brady. Até quando o rapaz está no banco, é só ele que mostram) e peguei amor por outros (os Green Bay Packers são só simpatia também). Nos últimos jogos eu já estava viciada, de subir no sofá e xingar o juíz, o técnico, a defesa, comemorar touchdown gritando e fazendo dancinha; porque, amigos, é assim que se torce no meu país.

No final das contas, o Denver Broncos foi para a final, e todo mundo disse que seria massacrado. Tudo bem, ainda assim tinha festa e comida na casa de amigos, Beyoncé e Coldplay para amenizar. Uma das partes mais divertidas foram os comerciais que, eu não sabia, eram todos feito especialmente para o intervalo, alguns com uma qualidade absurda de filme (vide o do Homem-formiga vs Hulk). Tudo muito tranquilo, tudo muito favorável, até que o meu mais-novo-time-favorito surpreendeu e eu pude ter a alegria de vê-los ganhar meu primeiro SuperBowl. Comemorei, pulei, e, só de graça, ainda embolsei $75 na aposta ¯\_(ツ)_/¯ .

- Layout

Aquele tema básico já estava me dando nos nervos, então resolvi colocar um pouco de briga com o css na minha vida, por que não? Depois de imagens que insistiam em ficar onde eu não queria, consegui mudar um pouco a cara do blog. A foto do perfil ficou assim, meio ex-bbb decadente viciada em snapchat, mas foi a única que combinou.

- 2016 Reading Challenge

Li "O Homem do Castelo Alto" e achei o livro um perfeito exemplo de uma boa ideia mal executada. Não sei se eu que esperei demais (eu acreditei que seria quase um "1984", uma distopia cheia de descrições e suspense), mas, para mim, faltou ambientação (e qualquer clímax). Ainda não assisti a série, mas, só o trailer já me empolgou muito mais que o livro inteiro.

ps.: A maratona Oscar anda capenga. Ano passado foi tão fácil assistir os indicados, da lista desse ano, sinceramente, ainda não sei se vou ter paciência para assistir Brooklin ou Revenant.