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Um breve resumo da viagem ao Japão

Esse mês eu finalmente entrei na reta final do Mestrado; o último e derradeiro semestre. Não antes sem tirar as duas semaninhas do Spring Break, que aproveitei para ir ao Japão com o marido, uma viagem que queríamos fazer já há algum tempo.
Para resumir bem, a aventura consistiu de:

Caminhadas. MUITAS caminhadas.

Acho que nunca andei tanto NA VIDA! O Japão é para ser explorado à pé, dizem, mas o que não dizem é que a maioria das atrações turísticas ficam um tanto longe das estações de trem. Como eu só levei dois keds e uma bota - eu sei, escolhas não muito inteligentes -, meus pés foram os que mais sofreram nessa viagem.

Transporte público

Shinkansen, trem, metrô, ônibus, às vezes até todos no mesmo dia. O Japão é o paraíso dos transportes públicos e, acredite em mim, todos eles estão sempre lotados.

Jet lag

Em um dos primeiros dias, voltamos ao hotel lá pelas 18h. Deitamos para descansar antes do jantar e acordamos... no dia seguinte. Às 10h.

Chuva

Tokyo conta com uma média de 105 dias chuvosos no ano. Acredito que o mês de Maio tenha a maior concentração deles, porque meudeusdoceu como chove nessa cidade!

Atravessar qualquer cruzamento ou estação

Ou melhor, "tentar". É tanta gente junta que, juro, dá até um certo pânico de ir de um lado a outro.
Os mais antigos entenderão a referência:

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Ramen

Foram quase 2 semanas se alimentando quase exclusivamente de Ramen e sim, eu passaria a vida inteira comendo isso.
O melhor ramen de todos foi em um restaurante chamado Hassei, em Hiroshima, com duas cozinheiras muito simpáticas ♡.

Doces japoneses

Aprendi que japonês adora doce com sabor de Matcha, aka chá verde. Confesso que não é dos sabores mais gostosos que já experimentei, mas ainda assim ganha do kit kat de wasabi.

Minimalismo

Parece minimalismo, mas é pão durice mesmo. Com exceção de comida e transporte, achei tudo no Japão muito caro comparado aos EUA. Itens de maquiagem, mesmo de marcas de farmácia, como Rimmel e Revlon, chegam a quase o dobro do preço. Para não dizer que não levei nada, comprei um condicionador da Shiseido que experimentei no hotel e gostei :).


Mais chuva

Muito mais. Litros e litros.
Ainda não baixei as fotos da viagem e, para não passar em branco, fiz esses desenhinhos :). A única foto que baixei e postei no facebook foi essa; a vista do hotel em Tokyo, no dia que chegamos:



Para ser sincera, ainda não deu tempo de sentir saudades do Japão. Nem de se recuperar do jet lag.

Road trip até Moab, Utah

Utah é conhecido como um estado massivamente voltado para aventura. Ao todo, são 5 parques nacionais e mais de 40 estaduais, todos focados em atividades como caminhadas, escaladas, rafting, ciclismo e atividades próprias de inverno. O charme do estado está exatamente no esforço físico extra, no contato com a natureza e nas paisagens cruas.

Eu tenho um carinho imenso por essa Road Trip, que foi a primeira que fiz, quando ainda nem sonhava em morar por aqui. É um roteiro rápido e gostoso de fazer; leva apenas 2 dias e cobre 2 parques nacionais e um estadual.

estrada para o Parque Nacional dos Arcos

Heritage Park, Utah

Esses dias eu estava me sentindo assim; uma estranha no ninho. Dá uma certa ansiedade quando eu penso em tudo que eu sei sobre minha cidade natal, os anos de transformações que acompanhei, como consigo identificar cada pedacinho, cultura, história, e aqui eu ainda não conheço quase nada.

Foi daí que surgiu a ideia de conhecer um pouco da parte histórica de Utah, mais precisamente o Parque Heritage. Foi nessa locação que, em 1847, Brigham Young, liderando um grupo de mórmons, avistou pela primeira vez o vale (onde hoje fica a capital), dizendo: "Esse é o lugar!" (This is the place, como também é conhecido o parque). Há muito os praticantes dessa religião fugiam de perseguições ao longo dos EUA e  procuravam essa terra, que acreditam ser prometida por Deus.


O parque conta a história da época, com monumentos dedicados aos pioneiros, famílias e soldados que começaram o que hoje é a cidade de Salt Lake. É possível visitar um vilarejo preservado, e conhecer mais sobre as construções e cotidiano dos moradores nos anos de assentamento (guias com roupas da época encenam as atividades, interagem com os turistas e ensinam a história).





ferreiro: imagem retirada do site oficial




O parque é imenso e é bem fácil perder mais de 3 horas fotografando e lendo os memoriais. Eles possuem muitas atividades para crianças, incluindo aprender as tarefas dos aldeões (fico imaginando essas crianças de hoje saindo do tablet para arar a terra...), e uma parte reservada para eventos (no dia que fomos, estavam celebrando  um casamento lindíssimo). Tenho uma lista inteira de lugares históricos para conhecer em Utah, mas esse passeio valeu a pena para entender como tudo começou. Quero muito voltar para comer os donuts e a root beer com sabor de leite (oi?) que dizem ser maravilhosos, mas esqueci de experimentar no dia :/.

Sim, eu ainda me vejo como a estranha no ninho alguns dias, já em outros tenho certeza que não existe lugar que combine mais comigo que aqui. É óbvio que uma parte de mim nunca vai deixar de ser paulista da gema, mas, quanto mais eu aprendo sobre esse lugar, mais me sinto parte dele também. *as imagens do post são de minha autoria, exceto quando indicada outra fonte.

Park City, Utah

fonte: Hikes and Lakes
Se eu pudesse dar uma dica de um único lugar para visitar em Utah, certamente seria Park City.
Essa cidadezinha fica localizada a aproximadamente 48 km da capital, Salt Lake e foi eleita a melhor cidade dos EUA em 2013. Ela é conhecida por suas estações de esqui, por sediar as Olimpíadas de Inverno em 2002, e por apresentar anualmente o Sundance Film Festival, o maior festival de cinema independente dos EUA.

Mas prepare-se para o frio, pois a temperatura chega a -18°C no inverno, e aproximadamente 11°C a menos que Salt Lake no verão. A principal atividade é o turismo, e é considerada uma cidade bem (!) cara para se morar.

fonte: America`s Best Ski Towns
Na nossa última viagem para lá ficamos hospedados no hotel Park City. Eu não costumo ser muito fã de hotéis, já que tenho o sono muito leve e o abrir portas/hóspedes circulando na madrugada/arrumadeira/etc, me acorda facilmente. Mas, como ficamos nos chalés, ou seja, mais afastado e muito mais silencioso, eu recomendaria sem pensar duas vezes. Vista incrível, quartos com dois ambientes (cozinha e lavanderia próprios), além de lareiras e varanda com jacuzzi.

vista do chalé
Piscina do hotel - aquecida, claro :X
A cidade é cercada por montanhas, com muitaaa neve, até mesmo na primavera. As principais atividades de inverno são os resorts de esqui snowmobile. Existem vários resorts para escolher, diferentes paisagens e dificuldades. No nosso caso, escolhemos o Thousand Peaks, uma trilha gigantesca para snowmobile, com 4 horas de duração.
No preço do passeio estão incluídos macacão, botas e capacete, caso sua roupa não proteja do frio intenso (ou você não queira usá-las, já que o cheiro da gasolina que fica é horrível!). Um instrutor leva o grupo pelas montanhas, até uma grande área aberta, com diferentes inclinações. Na metade do caminho tem um descanso, com lareira e lanches. Nessa hora, o frio e a neve são tão absurdos que bate até um leve desespero na hora de sair da cabana e voltar para o snowmobile :(.

cosplay de Breaking Bad
Se for sua primeira vez, eu aconselho o pacote com poucas horas, já que, acredite, cansa MUITO. Eu não quis fazer o esqui porque estava com um pouco de dor nas costas e achei que o snowmobile seria tranquilo... Não foi. Não parece, mas o peso e a quantidade de força para pilotar, além de tentar se manter equilibrada, fazem do snowmobile um exercício super pesado. Ou seja, prepare-se para o corpo dolorido no dia seguinte!

fonte: Park City Magazine
Mesmo que vc visite a cidade em uma estação mais quente, quando os preços ficam mais em conta, existem várias atividades de lazer, como tirolesa, teleférico, passeios de balão, trilhas, golf, mountain bike e, os meus favoritos, alpine coaster e alpine slide. O alpine coaster é uma espécie de montanha russa na qual você mesmo controla seu carrinho:



E o alpine slide é mais parecido com um carrinho de rolimã (/anos 80), que você carrega até o topo da montanha por um teleférico e depois usa para descer um trilho:


Além das atividades de lazer, a rua principal da cidades é um centro histórico, com vários restaurantes e bares, além de galerias de arte e um museu dedicado a mineração, que foi a responsável por levar muitos exploradores para a cidade no século XIX.

fonte: Jensen and Company
Como as fachadas preservam esse clima histórico, não é difícil se sentir transportado para outra época enquanto passeia pelo comércio. As lojinhas não vendem apenas as típicas souvenires para turistas, mas uma variedade interessante de itens; obras de arte, roupas de marcas famosas, jóias, livros, bebidas, e até uma loja dedicada a brinquedos e doces vintage.

fonte: Flickr
A cidade é bem romântica e vale a pena para aqueles que estão procurando uma lua-de-mel diferente e inesquecível. Vale também para quem quer uma viagem entre amigos, com atividades esportivas e belas paisagens. Ou até mesmo só para passar um final de semana de frio com estilo :)

Las Vegas, baby!


Mês passado, resolvemos, de impulso, pegar o carro e passar o final de semana em Las Vegas.

Utah é relativamente perto, gastamos um total de 6 horas até lá, e essa região montanhosa faz com que o tempo na estrada seja menos cansativo. Você sabe que está chegando em Vegas uma meia hora antes, já que a cidade é absurdamente iluminada e algumas construções são possíveis de se ver bem ao longe.

trânsito ♥
Fiquei admirada com o trânsito (quase inexistente em Utah) e a quantidade de pessoas andando na rua. Acho que até por isso, Vegas se tornou minha cidade favorita nos Estados Unidos até agora. Sabem como é, espírito paulistano que PRECISA ver um pouco de caos e movimento de vez em quando :). Para lembrar ainda mais minha cidade natal, levamos quase 40 minutos para conseguir estacionar o carro. Os estacionamentos dos hotéis/cassinos são disputados entre hóspedes e visitantes, ou seja, como chegamos à noite, estava completamente lotado. Acabamos tendo de estacionar na parte descoberta e eu me senti super insegura, não via a hora de amanhecer e tirar o carro dali :(.

Bellagio, The Strip e Paris Las Vegas
The Venetian
Na manhã seguinte fomos andar pela Las Vegas blvd, ou "The Strip", a rua principal onde ficam a maioria das atrações e cassinos. Visitamos várias lojinhas e entramos para ver boa parte dos cassinos. Alguns eu achei sem-graça, tipo o Paris Las Vegas (por dentro, só tem uma minúscula ambientação de Paris, bem bobinha), e outros eu fiquei apaixonada, como o The Venitian, com as gôndolas, lojas e o céu falso que dá um climinha de fim de tarde.

High Roller
Compramos ingressos para a High Roller, uma roda gigante construída em 2014, de onde você pode ver boa parte da cidade (o que não fica escondido pelos prédios altos) e tirar fotos. Nada de muito impressionante, mas vale a pena uma vez na vida.

Snow Crab legs  <3

Almoçamos no The Buffet Bellagio e foi uma das melhores partes da viagem! Bom, eu AMO comida e só de ter carangueijo, camarão, peixes, massas, carnes, doces, doces e mais doces a vontade, já fez o meu dia (e voltamos rolando para o hotel).
À noite assistimos o Cirque Du Soleil: Kà e foi maravilhoso. Eu não sou muito de "espetáculos", ainda mais circenses, mas acabei me empolgando com a história, os cenários e efeitos. Super recomendo.

Grissom ♥
No dia seguinte, incorporamos o Gil Grisson e brincamos de desvendar o crime na CSI: The Experience. Eu sou muito suspeita para falar, já que cientista forense é a profissão favorita, mas mesmo o noivo acabou se divertindo (e solucionando o crime!). Jogamos pouquíssimo nas máquinas, mas, dos $4 que colocamos, ganhamos $11, Yay!

Senti falta das penny slots, as máquinas que você pode jogar com moedas, tipo a Phoebe em Friends, rs. A maioria dos cassinos hoje em dia só aceita tickets e recargas apenas acima de $1. É uma pena, porque, mesmo que a jogada custe centavos, você vai ter de colocar $1 e não vai ter muito o que fazer com as moedinhas que a máquina pagar.

Sobre o carro, quando voltamos no dia seguinte, ele estava com os vidros abertos. Ainda não sabemos se foi a gente que deixou, se abriu sozinho, se alguém abriu, mas o fato é que todos os nossos pertences (incluindo tacos de golfe, gift cards, roupas, etc) estavam lá, intactos! Até hoje ainda debatemos o que será que aconteceu, mas esse mistério ficou em Vegas.

A magia metropolitana

Dizem por aí que essa cidade é só concreto, poluição e dias cinzentos. Dizem que a magia morreu, que aqui é terra de gente ranzinza, de quem não dá atenção aos detalhes, de quem vive com pressa. Eu bato o pé, brigo que não. São Paulo é terra de persistentes, de quem sabe abrir um sorriso para o fim de tarde na Paulista, de quem tira uma manhã para ler um livro nas mesinhas debaixo das árvores do Centro Cultural, de quem sabe o valor de pequenas belezas, que surgem, desafiadoras e sobreviventes, em meio a tanto asfalto.
Aqui você precisa olhar, andar, pesquisar, dar meia-volta, andar mais um pouco. Mas, meus amigos, a recompensa vale. E é em um desses lugares, escondidinho numa travessa da Vereador José Diniz, que é possível, com muita imaginação e alguns tijolos amarelos, encontrar um cenário que eu não poderia descrever de outra forma que não mágico.


Sebo Harry Potteriano, eu batizei, mas o nome na plaquinha acusa Sebo Brooklin. Em meio aos exemplares novos, antigos, empoeirados, de títulos inesperados ou conhecidos, é possível encontrar um outro mundo, que muito tem a ver com aqueles descritos nas páginas da ficção. Alguns livros, já tão corroídos pela poeira e pela ação do tempo, nos causam pena, como se fossem ali idosos contadores de histórias abandonados. Os moradores felinos, imitando as bibliotecas cinematográficas, nos acompanham com olhares desconfiados, monitorando nossas mãozinhas ansiosas correndo por seu território, cheio de labirintos e passagens quase secretas. O dono infelizmente não estava, fui recebida por um ajudante, mas dizem que, ele também, cumpre todo um contexto com a paisagem.













O desfecho do passeio foi, além de completar mais um pedacinho da minha coleção de livros favoritos, uma aquisição por puro encantamento:

Todo meu, por R$20 
Endereço: R. Joaquim Nabuco, 410 - Campo Belo - São Paulo, SP
Créditos de algumas fotos: Sou Paulistano?