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Tradições Natalinas

Já é esperado que a combinação bom velhinho + neve + pisca-pisca desperte sentimentos de abraços quentinhos na minha pessoa (textão de ode à data aqui). No entanto, o fato de ser o primeiro Natal na casa nova e, de quebra, o primeiro com a mamãe vindo visitar, culminaram em um frenesi natalino mais intenso que o normal.


É como se o mês de dezembro tivesse girado todo em torno da data, com tradições antigas e hábitos fresquinhos se unindo para me distrair da grande pressão dos exames finais (e decisões profissionais pesadíssimas). No fim, acabou sendo o melhor mês do semestre, e eu só queria que Papai Noel pudesse dar uma passadinha rápida todo dia 25.

A árvore

Confesso que gosto das falsas, e quanto mais dobrável (leia-se fácil-de-guardar), melhor. Acontece que o marido tem toda essa nostalgia com o cheiro dos pinheiros e, depois de ler esse artigo, concordei em sair à procura de um espécime verdinho e perfumado.





Meta para o próximo Natal: uma árvore viva, em um vaso, que eu possa manter e enfeitar por anos.


A decoração

As mesmas guirlandas, festões e enfeites de sempre, mas como é bom tirar todos da caixa e pendurá-los mais uma vez! Sendo 2017 como foi, não pude deixar de sentir um misto de dever cumprido com, por falta de expressão melhor, alívio em ter sobrevivido.


papai noel em dezembro / treinador da Utah o resto do ano

A trilha sonora

Meu negócio é os clássicos; Sinatra, Bing Crosby, Dean Martin. Sendo assim, Christmas Classics foi a playlist que mais escutei - praticamente todos os dias, em loop eterno - no caminho da ida e volta do trabalho.

A maratona

Esse ano eu estava um pouco sem humor para filmes de Natal (já que vimos uns 20 no ano passado e eu ainda lembro de todos eles), então decidi maratonar todos os episódios natalinos das séries favoritas. Com direito a Supernatural e velhinhos canibais, claro.



Os cookies

O que inspiraria mais o sentimento natalino do que esses gingerbread cookies deformados pela minha falta de habilidades confeiteiras?



As luzes

Salt Lake City não decepcionou e o centro estava lindo, festivo e iluminado. Assistimos uma apresentação de coral e enfrentamos os -5° C para darmos uma volta e tirarmos algumas fotos na praça principal.




Menção honrosa

Somente o melhor presente de Natal ever: Um SNUGGIE DE HOGWARTS!

Porque cair no sono e babar no sofá vestida como uma verdadeira bruxinha é tudo o que eu precisava nas minhas noites de inverno.

Happy Holidays!

Gratidão

Queria ter nascido com o dom de saber agradecer mais e reclamar menos. Não necessariamente fazer a pollyana, mas, ainda assim, enxergar o melhor nas situações, por pior que elas se apresentem. Queria praticar mais parar por uns minutos, para perceber todas as coisas que conquistei, sem me focar naqueles detalhes que nunca sairam como eu queria. Um tanto mais contemplação, um tanto menos pressa.

Mas eu sou cheia de falhas e, talvez, essa seja uma das piores. Tudo bem, essa constante insatisfação pode ser produtiva às vezes, e eu acredito que me impulsiona a ir atrás de muita coisa. Convenhamos, comodismo nunca foi meu nome do meio. Ainda assim, gostaria de poder parar e olhar ao meu redor, me sentir grata por tudo que deu certo até aqui. Por tudo que deu errado também, afinal, o que importa são as lições aprendidas.

O Thanksgiving pode não significar muito para mim, afinal, nunca fez parte da minha cultura, mas eu achei incrível essa ideia de tirar um dia para agradecer por tudo aquilo que tomamos como ganho. É triste sim, que precisemos de um dia específico para desligar os eletrônicos, aproveitar a família, comer com calma e sermos gratos. Mas funciona.

O dia aqui em casa teve muita colaboração familiar na cozinha. Não sou a maior fã do ambiente, sequer sei ir muito além do ovo frito e do arroz na arrozeira, mas ajudei no que pude. Já que é para fazer, vamos caprichar. E, no fim, o almocíneo ficou 99% tradição americana, mas aquele 1% rebeldia:

Das abóboras

Fosse para escolher uma estação favorita, certamente seria o Outono.

A temperatura se torna mais amena, o calor já não sufoca mais. As cores vibrantes, tons de laranja e amarelo, preenchem as montanhas como fagulhas. É como se tudo ao meu redor estivesse se preparando para uma grande mudança, deixando para trás as folhas, as aparências que já não servem mais, e eu não consigo evitar de me sentir da mesma forma.


O que me causava um leve incômodo, de repente, parece insuportável. O comodismo já não faz parte de mim, as escolhas não paralisam mais. Quero gritar, correr, bradar minha insatisfação, tomar as rédeas. Não é o impulso que toma conta, é a coragem de fazer o que eu já deveria ter feito, enquanto a apatia e o mormaço asfixiante do verão não deixavam.

O blog, esse desapegou de vez do layout semi profissional. No melhor estilo post-extravasador da Ana, assumiu de vez sua identidade diarinho e seu lado pior blogueira do mundo.