Venho me aprofundando nessa aceitação da impermanência. Porque talvez eu pudesse me empenhar - um esforço confortante, mas ineficaz - em manter a "vida antiga". Ou eu poderia simplesmente aceitar que tudo está mudado para sempre. Eu, minha família. E a única certeza que podemos ter, para sempre, é que continuaremos em constante transição. Que pena, mas que bom; afinal, a dor também é impermanente.
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Foto inspirada pelo projeto Whats your Grief |
Lembrei desse espaço, porque, apesar de dizerem por aí que a arte de blogar está morta, ainda é um lugar em que posso exercitar a pequena veia criativa que carrego. Sempre foi por mim, sabe? Seja por registrar memórias, pelo exercício mental de conciliar imagens e texto, por expressar esse amadorismo (!) que tenho com as palavras. Por extravasar também, mas de um jeito só meu; contido e libertador. Senti falta dos posts levinhos de listas e resenhas, mas senti falta também de posts em que tiro um pouco dessa máscara de proteção e transpareço o que me inquieta.
Aproveitei para limpar minha lista no feedly e, confesso, me entristeceu um tantinho ter de passar tantos blog para a pasta de Desatualizados. Não que eu tenha direito de ficar chateada, até o momento também sou parte do problema. Ao mesmo tempo, me encheu de alegria ver que projetinhos ainda vivem e que existem tantos blogueiros determinados a manter essa tradição. Já mencionei aqui como blogs-diarinho foram parte do meu primeiro contato com a internet, e acredito mesmo que essa fase da minha vida ainda não está concluída.
Espero que me aceitem de volta :).