Tecnologia do Blogger.

Ingredientes: Brasil x Estados Unidos

Confesso que cozinhar nunca foi meu forte, mas, como mudar de país também significa independência da comida da mamãe, ultimamente estou sendo forçada a aprender uma ou outra coisa na cozinha.


É muito fácil manter o cardápio brasileiro mais simples por aqui. Em qualquer mercado encontramos arroz (long-grain rice) e feijão (no pacote cru, ou em lata pré-cozido). Os cortes de carnes costumam ser mais grossos, mas o filé de frango, peixes e carne moída são iguais. O problema mesmo é quando queremos seguir alguma receita brasileira mais elaborada.

Se você mora em uma cidade grande, com uma boa presença de estrangeiros (Miami, Boston, Nova Jersey, etc), a chance de encontrar um mercado com opções de ingredientes brasileiros é grande (em NJ existe até um mercado só assim). Agora... Se você estiver em cidades menores, como a que eu moro, provavelmente vai acabar tendo de fazer algumas adaptações.


Farinha de Trigo

Quando a receita no Brasil pede essa farinha, normalmente usamos a All-Purpose Flour aqui. Normalmente, porque se você for fazer um bolo, existe a opção de usar a "Cake Flour" também. A nossa farinha de trigo contém 12% de proteína e a All Purpose Flour contém de 10 a 13%. Já a Cake Flour contém de 8 a 9% e o bolo acaba saindo mais fofinho, porém, caso você opte por usá-la, terá de fazer uma adaptação na medida da receita; 1 xícara de farinha será 1 xícara + 2 colheres de sopa de Cake Flour.


Creme de Leite

Esses dias eu quis fazer um quiche que a Tamara ensinou no blog dela, e não sabia bem qual seria o creme de leite. Aqui temos half half, table cream, heavy cream, sour cream, socorro! Depois de uma pesquisa na internet, descobri que o ideal seria o Table Cream, ou Media Crema, como vem escrito na latinha da Nestlé, que contém entre 18 e 30% de gordura. Nosso creme de leite de caixinha no Brasil tem entre 17% e 20% e o de lata contém aproxidamente 25% de gordura. Vi muita gente aconselhando a usar o "Heavy Cream" no lugar do creme de leite também, mas tenha em mente que esse contém entre 36% e 40% de gordura.



Fermento

Aqui se usa o Baking Powder, que é o bicarbonato de sódio com amido e ácido em pó. No entanto, se a receita estiver pedindo bicarbonato de sódio ao invés do fermento, você deve comprar o "Baking Soda". Agora, se o que vc precisar for o fermento biológico, o equivalente aqui será o "Yeast", que é a levedura seca, em formato de pó.


Polenta

A farinha usada para fazer polenta recebe o nome de Coarse Cornmeal (às vezes também é encontrada como "Coarse Polenta"). Ele é um tipo da Cornmeal, ou farinha de milho, que também pode ser encontrada fina, grossa, branca ou amarela. A Yellow Cornmeal não é indicada para o preparo da polenta, pois é uma farinha bem mais fininha e a polenta sairá mais pastosa.


Maizena

O amido de milho tem o nome de Cornstarch, e também pode ser encontrado como Cornflour.


Biscoito Champagne

Usado em várias receitas de doces gostosos no Brasil, o biscoito champagne aqui é conhecido como Lady Fingers Cookie. Não é muito fácil de achar e, até agora, eu só encontrei uma única vez, em outra cidade.



Alguns alimentos eu já procurei em todos os mercados da região e nada; requeijão (cream cheese não fica igual), gelatina incolor, farinha de rosca e farinha de milho biju (cuscuz paulista com yellow cornmeal saiu absurdamente errado).
Uma saída, caso você precise de algum ingrediente brasileiro difícil, por incrível que pareça, é a Amazon. O problema é que um saquinho de farinha de milho biju sai pela bagatela de U$8, e quatro potinhos de requeijão por U$32, ou seja, você tem que precisar MUITO mesmo :(.


Não esqueça de curtir a página e acompanhe o blog no Facebook:

Las Vegas, baby!


Mês passado, resolvemos, de impulso, pegar o carro e passar o final de semana em Las Vegas.

Utah é relativamente perto, gastamos um total de 6 horas até lá, e essa região montanhosa faz com que o tempo na estrada seja menos cansativo. Você sabe que está chegando em Vegas uma meia hora antes, já que a cidade é absurdamente iluminada e algumas construções são possíveis de se ver bem ao longe.

trânsito ♥
Fiquei admirada com o trânsito (quase inexistente em Utah) e a quantidade de pessoas andando na rua. Acho que até por isso, Vegas se tornou minha cidade favorita nos Estados Unidos até agora. Sabem como é, espírito paulistano que PRECISA ver um pouco de caos e movimento de vez em quando :). Para lembrar ainda mais minha cidade natal, levamos quase 40 minutos para conseguir estacionar o carro. Os estacionamentos dos hotéis/cassinos são disputados entre hóspedes e visitantes, ou seja, como chegamos à noite, estava completamente lotado. Acabamos tendo de estacionar na parte descoberta e eu me senti super insegura, não via a hora de amanhecer e tirar o carro dali :(.

Bellagio, The Strip e Paris Las Vegas
The Venetian
Na manhã seguinte fomos andar pela Las Vegas blvd, ou "The Strip", a rua principal onde ficam a maioria das atrações e cassinos. Visitamos várias lojinhas e entramos para ver boa parte dos cassinos. Alguns eu achei sem-graça, tipo o Paris Las Vegas (por dentro, só tem uma minúscula ambientação de Paris, bem bobinha), e outros eu fiquei apaixonada, como o The Venitian, com as gôndolas, lojas e o céu falso que dá um climinha de fim de tarde.

High Roller
Compramos ingressos para a High Roller, uma roda gigante construída em 2014, de onde você pode ver boa parte da cidade (o que não fica escondido pelos prédios altos) e tirar fotos. Nada de muito impressionante, mas vale a pena uma vez na vida.

Snow Crab legs  <3

Almoçamos no The Buffet Bellagio e foi uma das melhores partes da viagem! Bom, eu AMO comida e só de ter carangueijo, camarão, peixes, massas, carnes, doces, doces e mais doces a vontade, já fez o meu dia (e voltamos rolando para o hotel).
À noite assistimos o Cirque Du Soleil: Kà e foi maravilhoso. Eu não sou muito de "espetáculos", ainda mais circenses, mas acabei me empolgando com a história, os cenários e efeitos. Super recomendo.

Grissom ♥
No dia seguinte, incorporamos o Gil Grisson e brincamos de desvendar o crime na CSI: The Experience. Eu sou muito suspeita para falar, já que cientista forense é a profissão favorita, mas mesmo o noivo acabou se divertindo (e solucionando o crime!). Jogamos pouquíssimo nas máquinas, mas, dos $4 que colocamos, ganhamos $11, Yay!

Senti falta das penny slots, as máquinas que você pode jogar com moedas, tipo a Phoebe em Friends, rs. A maioria dos cassinos hoje em dia só aceita tickets e recargas apenas acima de $1. É uma pena, porque, mesmo que a jogada custe centavos, você vai ter de colocar $1 e não vai ter muito o que fazer com as moedinhas que a máquina pagar.

Sobre o carro, quando voltamos no dia seguinte, ele estava com os vidros abertos. Ainda não sabemos se foi a gente que deixou, se abriu sozinho, se alguém abriu, mas o fato é que todos os nossos pertences (incluindo tacos de golfe, gift cards, roupas, etc) estavam lá, intactos! Até hoje ainda debatemos o que será que aconteceu, mas esse mistério ficou em Vegas.

Do meu Carnaval

Abram alas, Fevereiro chegou. Semana de Carnaval, muita folia, muito bloquinho, muito confete, muito neguinho da beija flor, mas só que não.

Aqui, na Terra do Tio Sam, também foi final de semana de festa, mas com um motivo diferente, o tal Super Bowl. Tudo bem, não tem gente semi nua na tv (às vezes tem, mas não é encarado com a mesma naturalidade), não tem samba no pé (poxa, se isso não for muito gingado, o que seria então?) e não tem feriado (não que não esteja sendo pleiteado), mas tem sim muita gente colorida na rua, muita farra, cerveja, romance, e after parties.

bloquinho laranja e azul. fonte.
Foi minha primeira festa-de-futebol-americano, e, posso dizer com segurança; por aqui, eles têm Copa do Mundo uma vez ao ano. Incrível como o domingo se transformou; o trânsito tinha cara de segunda-feira e era como se a cidade inteira estivesse concentrada na fila do supermercado. Ao passar umas tortillas e jalapeños, a caixa já foi logo engatando um small talk - "Preparando para o Super Bowl? :)" -, estavam todos na mesma expectativa.

Eu comecei a temporada sacando nadinha desse futebol, que, já fui logo reclamando, não se joga bem com o foot. Foram muitos videos de regras básicas no youtube, muitos gritos de comemoração para o time errado, muitos "mas por que eles não tentam avançar mais uma vez ao invés de chutar?". Até que peguei gosto. Escolhi os Denver Broncos, porque, além de ser um dos primeiros times que vi jogar, achei esse tal de Peyton Manning engraçadinho nos comerciais. Pareceu bom moço, sabe?

Então os jogos foram acontecendo, eu peguei raivinha de alguns times (ver os Patriots jogar é como assistir a um videobook de Tom Brady. Até quando o rapaz está no banco, é só ele que mostram) e peguei amor por outros (os Green Bay Packers são só simpatia também). Nos últimos jogos eu já estava viciada, de subir no sofá e xingar o juíz, o técnico, a defesa, comemorar touchdown gritando e fazendo dancinha; porque, amigos, é assim que se torce no meu país.

No final das contas, o Denver Broncos foi para a final, e todo mundo disse que seria massacrado. Tudo bem, ainda assim tinha festa e comida na casa de amigos, Beyoncé e Coldplay para amenizar. Uma das partes mais divertidas foram os comerciais que, eu não sabia, eram todos feito especialmente para o intervalo, alguns com uma qualidade absurda de filme (vide o do Homem-formiga vs Hulk). Tudo muito tranquilo, tudo muito favorável, até que o meu mais-novo-time-favorito surpreendeu e eu pude ter a alegria de vê-los ganhar meu primeiro SuperBowl. Comemorei, pulei, e, só de graça, ainda embolsei $75 na aposta ¯\_(ツ)_/¯ .

- Layout

Aquele tema básico já estava me dando nos nervos, então resolvi colocar um pouco de briga com o css na minha vida, por que não? Depois de imagens que insistiam em ficar onde eu não queria, consegui mudar um pouco a cara do blog. A foto do perfil ficou assim, meio ex-bbb decadente viciada em snapchat, mas foi a única que combinou.

- 2016 Reading Challenge

Li "O Homem do Castelo Alto" e achei o livro um perfeito exemplo de uma boa ideia mal executada. Não sei se eu que esperei demais (eu acreditei que seria quase um "1984", uma distopia cheia de descrições e suspense), mas, para mim, faltou ambientação (e qualquer clímax). Ainda não assisti a série, mas, só o trailer já me empolgou muito mais que o livro inteiro.

ps.: A maratona Oscar anda capenga. Ano passado foi tão fácil assistir os indicados, da lista desse ano, sinceramente, ainda não sei se vou ter paciência para assistir Brooklin ou Revenant.