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Como venho mantendo minha sanidade na pandemia

Ou como não perdi completamente minha já tão limitada estabilidade emocional, mesmo vivendo em um loop infinito estilo Groundhog Day.

Se me dissessem, lá em março de 2020, que um ano depois isso tudo ainda não teria acabado, eu não acreditaria. Ou talvez até acreditasse, no mais puro deboche. "Nada está ruim o suficiente que não possa piorar", resmungaria resignada.

O fato é que, 365 dias depois, quase nada mudou. 365 voltas cujos acontecimentos poderiam ser facilmente condensados em uma única. Acordar, não se dar ao trabalho de tirar o pijama, conversar com uma tela, dormir.

Tudo bem, talvez eu esteja sendo injusta, e um tantinho melancólica. Por enquanto, eu sigo fazendo o possível para não me afogar, e até tenho alguns dias bons de normalidade aqui e ali. São os dias que eu mesma me forço a espremer alguns limões, a começar um novo projeto, inventar algo na cozinha, ou simplesmente deitar por horas na cama, com o gato ronronando e um livro a tiracolo.